Este país é grunho porque os portugueses são grunhos. Século
após século continua a ser o país dos três éfes: Fátima, Fado e Futebol, e isso
diz tudo acerca desta gentalha obnóxia. Não quero saber das excepções, não são
as excepções que movimentam a máquina.
Porém, para os arautos da nacional
cagança e demais horrorizados com a afirmação inicial lá virão os salvíficos
Marcelos, mais os Sousas, afirmar o contrário, que somos um povo que exsuda
dignidade e valentia, e que o melhor do país é mesmo a sua gente, e que não
devemos dar ouvidos aos profetas da desgraça.
Entretanto, os Marcelos, os Sousas,
e os sicários, correligionários, primos e demais séquito continuam as suas
vidas opulentas e fáceis, vidas de grunhos-mor parasitas, enquanto os grunhos
reles sobrevivem e alimentam a máquina perfeita.
Viva Portugal!
«O país não promove o mérito, é o país exemplar da
mediocracia, o poder da mediocridade, na política, nas empresas e em muitas
outras áreas. Com a mediocridade doce no poder político, económico e desportivo
& etc., com a corrupção mais suave do mundo, com um sistema
legal-judicial que deixa passar os crimes de colarinho, com dias bonitos e
paisagens espectaculares -- quem quer mais?»
Justíssimo retrato de Portugal por Eduardo Cintra Torres
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