3º e último acto

O actor principal entra em palco e declama o seguinte texto: A ti, que sei que vens cá, frequentemente. Assim o revela o ACTIVEMETER deste blogue.

Nos próximos dias 5 e 7 de Setembro cumpre-se um ano desde que entraste no meu site e inseriste comentários insultuosos nas fotografias de várias raparigas, maioritariamente nas fotos de colegas nossas. Sempre entendi que não eram elas o alvo, mas eu. As verdadeiras razões para tal procedimento só tu as conhecerás, mas no meu entender procuravas atingir-me fazendo com que elas exigissem a remoção das suas imagens, desacreditando, assim, o site e o meu trabalho – de nível amador, diga-se em abono da verdade, mas despretensioso - e, porventura, criando-me problemas. E tudo isso, acredito, motivado por impulsos emotivos de raiz sentimental e despoletado pela tua relação, ou pretensão de relação, com uma determinada rapariga.

Lamentavelmente, tal atitude, custou-me a mim uma relação de amizade que, tendo-se iniciado nessa altura, ficou irremediavelmente comprometida. Ainda assim, não te condeno nem te desejo mal. Aconselho-te é, e sem falsos moralismos (e quem sou eu para pregar moral aos outros?), a seres mais ponderado nas tuas atitudes, sobretudo com os colegas de trabalho, pois ao longo dos últimos meses fui ouvindo vários relatos de atitudes tuas, profundamente reprováveis, e em que algumas pessoas ficaram verdadeiramente ofendidas contigo. Não acredito que desejes incompatibilizar-te com toda a gente, por isso fica a advertência para teres mais cuidado. Pela minha parte, e no que me toca, perdoo-te e encerro definitivamente este assunto.
Já o mesmo não posso fazer com a rapariga que me magoou profundamente, pois que senti como uma deplorável perfídia a atitude que ela adoptou em relação a mim. De qualquer forma também esse assunto fica encerrado - agora que tenho a certeza que ela já sabe o que penso dela e que apresentei a minha versão dos factos perante os/as colegas a quem ela, estouvadamente, terá apresentado outra versão.
Reduzi a escrito tudo o que se passou, numa forma ficcionada. Aproveitei o ter algo para contar para exercitar a minha medíocre escrita. Não tenciono, nem nunca tencionei, publicar. Se “ameacei” tornar tal escrito público foi apenas, para, no teu caso obrigar-te a reflectires sobre o teu ignóbil acto e, no caso dela, para que, sentindo-se incomodada com as acusações que lhe dirigi, se obrigasse ao que sempre se recusou, a dialogar (neste caso não surtiu efeito, espero ter tido mais sorte no teu).Tal escrito destina-se exclusivamente aos olhos de duas ou três pessoas com capacidade para rever, corrigir, aconselhar alterações aos aspectos formais. Esta atitude insere-se num percurso de aprendizagem da escrita, que é, para mim, assunto muito mais importante do que os enredos da vida social e a própria Fotografia.
Consideração final: Já passei por duas grandes empresas que, tal como esta instituição, integravam centenas de trabalhadores. Em ambas testemunhei inúmeros casos de conflitos, atritos e choques entre o pessoal. Não estou admirado nem chocado com o acontecido agora. É natural nas relações sociais entre pessoas e mais ainda em empresas de grandes dimensões. No entanto, quando não se abre a porta ao diálogo as coisas podem atingir proporções incontroláveis e, por vezes, dramáticas. Não foi o caso. Não me parece que tal pudesse ter acontecido, mas fica a advertência para os mais inexperientes.

1 comentário:

todos disse...

Boa. Fizeste Bem. Caga-te para essa gente.

Abração.