Relacionando Gravidades

 


Ai, que o islão vai crescer na Europa e com ele os atentados terroristas. Isto é capaz de ser verdade tal como é inequívoco o impacto psicológico das acções terroristas radicais islamitas nas sociedades europeias. Qual a razão para isto? A resposta é simples: A queda da racionalidade entre os europeus, o crescimento da ignorância, a má formação no ensino e na educação (por parte da família e da sociedade), e o alastramento da imbecilidade, que leva a confundir permissividade com tolerância, libertinagem com liberdade; aliados ao profundo sentimento de culpa pelos feitos de um passado, outrora grandioso, agora qualificado como pecaminoso e que chega a imobilizar tentativas diversas de reagir.

Os políticos europeus, da faixa liberal e democrática (entenda-se do arco das governações) há muito que se posicionam como reféns de uma consciência pública que na realidade não existe, que é apenas esgrimida pela acção agitprop de grupelhos esquerdoidos, minorias zoológicas a que os media dão, culposamente, palco e ampliado eco.

E o resultado é grave? É mais ou menos grave, é relativo. Relacionemos duas realidades recentes, usando a Europa e Portugal como exemplos. Entre 2014 e 2019 os ataques terroristas na Europa (imputados a todas as origens: ultra-direita, extrema-esquerda, islamitas, doidos, etc.) fez 274 vítimas mortais – isto em 6 anos. Em Portugal, a nossa guerra civil, i.e. a sinistralidade rodoviária, fez, só no ano de 2023, 463 vítimas mortais e 2.437 feridos graves. No ranking europeu, somos o 3º país com maior sinistralidade rodoviária.

A questão é esta: Ficamos mais alarmados com os ataques terroristas na Europa do que com a guerra civil que decorre diariamente nas nossas estradas. Como qualificar estas sensibilidades de prioridades trocadas? Andamos a toque de caixa das notícias neuróticas de jornaleiros que só pretendem vender tempo de antena e publicidade.

O terrorismo é grave? É, claro que sim. Inequivocamente, para cada vítima em qualquer recanto da Europa. Mas não podemos destacar uma situação má descurando uma outra mil vezes pior, basta considerar a quantidade de vítimas de cada uma das realidades.

Em suma: A gravidade do planeta Terra é aproximadamente 9,8 m/s2, independentemente do que os tresloucados terraplanistas inventem para justificar a concepção religiosa de um Reino (planeta Terra) criado há 6 mil anos por um demiurgo demente. Já a gravidade no planeta Mercúrio é de 3,7 m/s2 .

E, assim, provo como a gravidade das coisas é relativa. Até porque em Mercúrio não há atentados terroristas e os condutores portugueses são do melhor que por lá circula.

Incha Alá.


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