ui, ui... é de ler a entrevista do António Arnaut à Visão


No social, há sinais graves: nos supermercados pedem-se aparas de frango e as marmitas regressaram às empresas...
E aqui em Coimbra há muita gente a ir à sopa dos pobres! Tenho amigos no Banco Alimentar e como maçon sei a que carências a maçonaria tem acudido. Já não é só um problema de pobres, chegou ao empregado de escritório. É uma depressão económica e psíquica que abala os alicerces do País. Sobretudo quando, da parte de quem governa não há palavras de conforto nem um comportamento à medida do que o País precisa. Mesmo assim, há gastos sumptuários, grandes festas e inaugurações.

As pessoas também se endividam em nome de outros «valores»...
A banca tem grande responsabilidade no endividamento. O Governo que assuma a soberania! A banca tem uma função social importante, mas não pode ter lucros fabulosos, quase não pagar impostos, esfolar vivas as pessoas e ainda ir ver se há alguma coisa depois de mortas! No fundo, o capitalismo selvagem gerou novas formas de escravatura. Um país sozinho não pode defender-se disso, mas não me conformo: há uma verdadeira ditadura do capital sobre o trabalho. Nem Salazar permitiu o domínio do Estado pelos capitalistas.
Lerei nas entrelinhas a crítica a uma certa maçonaria que tem sido usada como sede de lobbys de interesses pessoais e corporativos de carácter económico, sob a batuta de "malta do PS"?!

António Arnaut, fundador do PS, ex-Ministro dos Assuntos Sociais e antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, deu uma entrevista à VISÃO em que arrasa Sócrates, acusa Correia de Campos e diz que o PS «perdeu alma e identidade»


9 comentários:

Unknown disse...

não sei se «a malta do PS» tem batuta e com ela bate nos nós dos dedinhos de quem não quer pôr a mão na massa -- mas, como disse George Burns, é pena que quem melhor sabe governar um país trabalhe como motorista de táxi, cabeleireiro e assim...treinadores de bancada!

éf disse...

Maria, nós não temos que apontar soluções para a governação do país mas, podemos, e devemos, ser críticos. Se eu quisesse participar activamente nas soluções candidatava-me, não entregava representação a outrém. Ao apresentarem a sua candidatura os políticos gritaram, bem alto, que tinham imaginação e soluções. Como é habitual, até prometeram isto e aquilo. Agora, só têm que cumprir.
Criticar e discordar não é ser treinador de bancada. É exercer o direito de exigir o cumprimento das promessas e satisfazer as expectativas geradas.

Não acredito que batam nos dedinhos de ninguém para tal fim, até devem é comer-se uns aos outros na competição pelo melhor naco.


:p

éf disse...

Onde se lia: «sob a batuta da "malta do PS"?!», alterei para: «sob a batuta de "malta do PS"?!», a redacção correcta da interrogação que queria manifestar.

Unknown disse...

manual de cínicos: um crítico é alguém sem pernas que nos quer ensinar a correr
(o cinismo é a loucura do bom senso e, apesar de eu não preconizar o açaime, acho que vivemos um vício de forma, reclamamos de borla)

;o

éf disse...

E eu concordo com a afirmação. Há, de facto, muita gente a reclamar de borla. Como há muito "treinador de bancada". Mas o busílis da questão é, justamente, a adopção do açaime, que muitos outros entendem como solução para tal problema. Em Democracia temos que aprender a viver com o "ruído" dos gralhentos e as pragas dos "praguentos". Sendo certo que nenhum governo se preocupou com a educação nem com a informação dos cidadãos, é com isso que temos que viver (aliás, demonstram que cada vez se preocupam menos com tais aspectos - mesmo as reformas só estão a acontecer devido às contingências económicas). Percebo que os actuais governantes adoptem uma postura de redução do "ruído" dos gralhentos (nomeadamente com a sua manifestação mais poderosa, através da imprensa), mas a fórmula adoptada não é a correcta. Nem sei se existirá alguma. Reconhecendo que a maioria de nós não sabe viver em Democracia, espero dos dirigentes, dos mais esclarecidos e iluminados, que dêem o exemplo e não que adoptem os açaimes.

Unknown disse...

Arnaut fala dos bancos, do governo e de Salazar; sem reformas (umas por razões financeiras, outras, claramente, por moralidade social: as férias dos magistrados, a fiscalização aos actos médicos), as finanças continuariam de tal modo que nem Salazar nos valia...

éf disse...

Na medida do possível, tento sempre que os meus convidados tenham a última palavra.

;)

Ruim dos Santos disse...

"A banca tem uma função social importante, mas não pode ter lucros fabulosos, quase não pagar impostos, esfolar vivas as pessoas e ainda ir ver se há alguma coisa depois de mortas!"

Quanto aos impostos não conheço a realidade, agora falando dos lucros, por favor... é um serviço como outro qualquer que está disponivel para quem o deseja. Já é hora de parar de demonizar quem consegue criar riqueza, é tempo de acabar com essa inveja mesquinha que nos caracteriza.
P.S.: Não sou dono de nenhum banco... :)

éf disse...

Rui, "criar riqueza" para quem? Para meia dúzia de porcos-ricos, e às custas dos que trabalham, e numa relação que é mais extorsão do que negócio moral?! Digo-o eu que sou de Direita, sublinhando o que disse esse senhor da Esquerda. E há alguma dúvida sobre isto?
Não precisas ter um Banco, basta que não passes dificuldades de nenhuma espécie, que possas ter tudo o que moderna sociedade disponibiliza e, isso, já fará de ti uma pessoa incapaz de compreender o problema.