Médicos e enfermeiros que trabalham em hospitais do estado e, simultaneamente, em empresas privadas de prestação de serviços (onde auferem o dobro do salário ou mais) chegam a cumprir dois turnos seguidos no seu local de trabalho, cada um por conta de cada entidade empregadora. Como é possível? Quanto paga o Hospital pelos serviços prestados por essas empresas externas, podendo pagar mais barato aos seus próprios funcionários?
Isto faz lembrar a situação de um certo ministro que tinha parte no negócio de aluguer de helicópteros para combater fogos florestais. É evidente que alguém anda roubar o dinheiro público.
Entretanto, recentemente, o elo mais fraco – não me refiro às vítimas de tudo isto que são os utentes, mas sim aos profissionais que se encontram na posição mais frágil – os enfermeiros, manifestaram-se à porta do Governo Civil de Faro, contra o que consideram um atentado à sua condição profissional, já que o Governo quer impor-lhes um vencimento inferior ao da carreira técnica superior da função pública. Ora, se pensarmos que, hoje, com um curso superior de 1º ciclo ("à bolonhesa" - 3 anos de estudo), o técnico superior da função pública aufere mais do que um enfermeiro que estudou durante 4 anos (curso tradicional antes de Bolonha), ou 5 anos (1º e 2º ciclos “à bolonhesa”), isto é ou não é uma enorme injustiça? Assim, não me admiro que estes profissionais tenham de procurar uma segunda fonte de rendimentos.
Junte-se o facto da função pública poder integrar, como integra, uma percentagem considerável de técnicos superiores incompetentes e incapazes, coisa que dificilmente ocorrerá no universo da enfermagem (profissão em que é muito difícil fingir que se sabe, sem saber, ou que se faz, sem fazer, e onde os currículos de 400 páginas não possuem a importância que têm na justificação das escolhas previamente realizadas, logo fraudulentas, em concursos da administração pública), e, inevitavelmente, verificamos como a enfermagem é maltratada pela máfia que decide.
Haja Saúde.
foto daqui
Isto faz lembrar a situação de um certo ministro que tinha parte no negócio de aluguer de helicópteros para combater fogos florestais. É evidente que alguém anda roubar o dinheiro público.
Entretanto, recentemente, o elo mais fraco – não me refiro às vítimas de tudo isto que são os utentes, mas sim aos profissionais que se encontram na posição mais frágil – os enfermeiros, manifestaram-se à porta do Governo Civil de Faro, contra o que consideram um atentado à sua condição profissional, já que o Governo quer impor-lhes um vencimento inferior ao da carreira técnica superior da função pública. Ora, se pensarmos que, hoje, com um curso superior de 1º ciclo ("à bolonhesa" - 3 anos de estudo), o técnico superior da função pública aufere mais do que um enfermeiro que estudou durante 4 anos (curso tradicional antes de Bolonha), ou 5 anos (1º e 2º ciclos “à bolonhesa”), isto é ou não é uma enorme injustiça? Assim, não me admiro que estes profissionais tenham de procurar uma segunda fonte de rendimentos.
Junte-se o facto da função pública poder integrar, como integra, uma percentagem considerável de técnicos superiores incompetentes e incapazes, coisa que dificilmente ocorrerá no universo da enfermagem (profissão em que é muito difícil fingir que se sabe, sem saber, ou que se faz, sem fazer, e onde os currículos de 400 páginas não possuem a importância que têm na justificação das escolhas previamente realizadas, logo fraudulentas, em concursos da administração pública), e, inevitavelmente, verificamos como a enfermagem é maltratada pela máfia que decide.
Haja Saúde.
