Por um ensino afectivo


As principais diferenças do ensino entre a Itália e Portugal fundam-se no facto da Itália ter exportado uma invenção de dúbia virtude no que toca à aplicação no nosso país já que, até ao momento, apenas parece servir para sacar mais dinheiro aos papás dos estudantes e permitir o desinvestimento do estado na área do ensino superior. Falo do tal Processo de Bolonha. Ao invés, o nosso país, sempre mortinho para imitar e seguir modas e ditames da estranja, limitou-se a importar o dito acordo. Isto já era mau, mas o pior vem a seguir.
O fosso maior do nosso atraso é demonstrado modelarmente pelo facto dos alunos das escolas portuguesas recorrerem aos telemóveis para matar o tédio das aulas enquanto, na Itália, país muito mais avançado e distante deste cu da Europa, uma professora de Matemática permitir aos seus alunos que a apalpem*. E eles, serena e ordeiramente, aguardam a sua vez. Que maravilha, que avançada concepção de educação e ensino.
Será que a brilhante professora instituiu também um sistema de prémios para os bons alunos? Tipo: ao melhor colegial, uma noite de “prática da trigonometria do triângulo”, seguida de “Rotações”; ao segundo, uma sessão de “Estatística aplicada ao felatio” e ao terceiro um exercício de “Cálculo de Probabilidades de esfreganço, em nu integral”. E poderia seguir por aí fora, com prémios como: “teoria das circunferências adjacentes – recuperações da memória da amamentação”; “O strip tease e o Espaço – uma outra visão”; “Equações de Cunnilingus”; “Proporcionalidade Inversa e Representações Gráficas nas Manipulações Digitais ”; “Quantidade de Orgasmos – Os números reais. Inequações”.
Educativamente, aposto que seria coisa muito positiva ou, como se diz hoje: tipo, bué de fixe! contribuindo, simultaneamente, para exercitar a libido e acalmar as hormonas pululantes dos jovens. Imaginam o apego com que os nossos estudantes se agarrariam aos livros? Então poderíamos apregoar com toda a propriedade: Jovem, o estudo realiza as tuas mais profundas aspirações! Desgraçadamente, tais cogitações não passam de vislumbres de um ensino que podia ser efectivamente verdadeiro e, verdadeiramente... afectivo.

*Segundo notícia publicada hoje no herdeiro do Jornal do Incrível. Refiro-me, claro, ao Correio da Manhã.

6 comentários:

Mena G disse...

Abaixo as professoras velhas, celulitícas e com bigode!
Todos verão que os indíces de aproveitamento em Matemátiva subirão em...flecha?!

:)

TheOldMan disse...

E eu que aínda tenho tanto para aprender...

Tenho que voltar à escola!...

;-)

vanus disse...

E professores gajos, homens? Isto é que é uma discriminação!... E sabendo-se que a maioria dos estudantes acima dos 15 anos são raparigas... e são muito mais afectivas... é pra greve já!
;)

éf disse...

mena, essas podem ficar lá a observar. para a tal avaliação.

éf disse...

eu também queria Mestre, também voltava. Já dizia o António Mourão: Ó Tempo, volta para trás...

;)

éf disse...

vanus: é só trocar os géneros...assim tipo, como se troca o cartão ou a bateria do telemóvel.

a maioria são raparigas mas parece-me que não são mais afectivas, acho que estão é a ficar mais violentas...

;D