Fulgência

Admirava a estrela vermelha, a mais brilhante da constelação Orion, rodada a cabeça quase para Leste, quando o silêncio possível do tranquilo bairro desta pequena cidade foi interrompido por uma porta que se abre e uma voz de mulher gritando:
- Alexandre! Alexandre! Ó Alexaaandre!
E a resposta da voz imberbe, meio sumida na distância, respondendo:
- Vou jááá!!!
Ouvi a porta fechar-se e veio-me à ideia o movimento constante das ondas “em cada recuo, um recomeço”.
E não sei porquê.
Betelgueuse continuou a cintilar.

1 comentário:

vanus disse...

:))