clarificando

ACTUALIZAÇÃO EM 27 DEZ. (ver abaixo)


Saudações,
Tivemos oportunidade de ler com atenção o seu escrito no blog Claustrofobias e no blog Lagos, no qual se refere à Mesa Redonda e a uma postagem por nós feita sobre as obras da frente ribeirinha da nossa cidade, mais concretamente ao cais agora posto a descoberto.
Não nos merecem quaisquer comentários a forma como se refere a nós nem à nossa "caixa de comentários [que] bem merece o ápodo de “cloaca maxima”, numa homenagem a essa imperial sarjeta romana onde parecem boiar os comentadores do referido blogue". É a sua opinião e é livre de a expressar como bem a entender.
Mas, se nos permitir, gostaríamos de lhe dizer o seguinte:
Existe na Mesa Redonda uma ligação para o nosso email. Qualquer pessoa, o Francisco Castelo incluído, poderá fazer chegar contributos ou indicar-nos correcções aos nossos erros, o que terá sido em seu entender o caso da postagem que se refere ao cais antigo. Se participar estará a contribuir para melhorar o nível da discussão, não concorda?
Todos erramos e o Francisco Castelo comete a seguinte incorrecção quando afirma: "Dizem esses críticos que se apresentou tais estruturas como coisa que não são. Que foram anunciadas como “o cais de onde partiu D. Sebastião”. Não é verdade! O que nós dissemos foi: "[...] e a janela de onde segundo a tradição local, no século XVI (Verão de 1578), el-rei D. Sebastião assistiu ao embarque da sua força militar que acabou derrotada em Alcácer-Quibir (aliás, deve ser por essa razão que existe a sua evocação em painel fronteiro, não será assim?)". Aliás, esta "tradição" pode ser lida e comprovada em http://viajar.clix.pt/tesouros.php?id=160&lg=es
"Possui, na fachada, uma janela manuelina de onde Dom Sebastião terá assistido à missa que precedeu a sua partida para Alcácer Quibir. Nos relvados do Jardim da Constituição, frente à janela, três painéis, da autoria do escultor João Cutileiro, evocam esta histórica batalha que custaria a vida ao rei português".
Quanto à datação do cais (século XVII): Sabe tão bem ou melhor do que nós que anteriormente a 1578 já muitos barcos tinham saído de Lagos demandando África. Terá sido este o caso de Gil Eanes (1434 - século XV), por exemplo, entre outros. Tal leva à suposição que em Lagos deveria existir um cais (pelo menos desde o século XV), infra-estrutura natural e imprescindível numa cidade ribeirinha como é a nossa. Se não era este que mencionamos, onde se localizaria então? E será que os nossos antepassados construiriam estas infra-estruturas com regularidade?
De qualquer modo, nós pretendíamos transmitir a ideia que foi infeliz a ideia de se pôr o cais a descoberto, dada a sua actual distância ao mar (derivada da construção da Avenida dos Descobrimentos em 1960). Dissemos: "O facto é que a actual distância ao mar impede-o, de todo! E que aquelas “pedras” hoje não fazem qualquer sentido neste espaço. Por conseguinte, a ideia de o pôr à vista deve ser das mais infelizes a que se assistiu na nossa cidade". E acrescentámos outra ideia: "a fachada lateral da Igreja de Santa Maria, junto à Casa da Dízima (construção do séc. XVII), ostenta orgulhosamente dois aparelhos de ar condicionado". Simplesmente, estes já não deviam estar ali após a dita "requalificação"!
Percebemos quando afirma: "Mesmo que alguém tenha proferido alguma afirmação identificando o local do cais com o local de onde terá partido El-Rei D. Sebastião para a fatídica empresa de Alcácer-Quibir, entende-se perfeitamente que a alusão é ao local e à consequente carga histórica acumulada com esse facto (admitindo que assim aconteceu, o que não é certo), e não à estrutura concreta do cais. No entanto, e mesmo sendo assim, discordamos FRONTALMENTE que se tenha gasto um montante significativo de dinheiro para se transmitir a carga histórica relacionada com D. Sebastião, da maneira como foi feito (ou será para se perpetuar a tal tradição de um facto que nunca se verificou, num sítio que nunca existiu no século XVI?)
Mas, agora que o cais e o que ele simboliza está à vista, saiba que partilhamos a posição da CDU sobre este assunto e que apresentou na Assembleia Municipal de Lagos (reprovada pelos eleitos do PS): "[...] Nele aconteceram momentos marcantes na História do País, por ele saíram os navegadores que iniciaram os Descobrimentos, nele teve lugar o embarque do exército que D. Sebastião levou ao que seria a derrota em Alcácer Quibir [...]
Que a Assembleia Municipal de Lagos delibere recomendar à Câmara Municipal a criação de um Centro de Interpretação do Porto de Lagos nos termos dos considerandos atrás expostos". Pode recordar a proposta na íntegra aqui: http://www.canallagos.com/um+centro+de+interpretacao+para+o+porto+de+lagos+=a9179/
Para terminar, dizer o seguinte: não vemos qualquer vantagem da nossa parte em publicar este nosso esclarecimento ou qualquer troca de opiniões que dele possa resultar. Mas, se quiser contribuir com algum texto sobre este ou outro assunto e que deseje ver postado na Mesa Redonda fá-lo-emos com prazer.
Por último: gostaríamos de retribuir os votos de Boas-Festas da nossa Mesa Redonda.
Filipa Neves

Perante a insistência do 2º mail, desta vez titulado com uma pergunta directa: "Não lhe merece nenhum comentário, nem admitir que errou?", acabei por responder, no mesmo dia 21, com o seguinte texto.

Não, acho que não vale a pena porque nos escudamos ambos em firmes convicções pessoais. Porém, esta vossa resposta, começando com alguns argumentos pertinentes acabou por descambar para aquilo que, justamente, denunciei: vocês criticaram a afirmação (que continuo sem saber quem proferiu ou onde está publicada) “de que daquele cais partiu D. Sebastião”. Insurgem-se contra tal afirmação enquanto proferida ou publicada por alguém da CMLagos mas já a aceitam e aplaudem, incluída numa proposta da CDU. Não me cabe defender a Câmara, que tem procurador ou representante para isso. Tampouco pretendo brilhar perante gente de cujo “círculo de afectos” não faço parte nem pretendo fazer. Portanto, falo por mim e defendo as minhas opiniões. É verdade que, na minha crítica, omiti outras partes do vosso artigo com as quais concordo – nomeadamente sobre o resultado final da intervenção naquela zona – porque tal seria chover sobre o molhado. Aliás, o projecto inicial do tempo do J. Valentim já não era coisa que me fascinasse, depois, com as alterações sucessivas, perdeu o pouco que pudesse ter de meritório e afundou-se naquilo que está à vista.
O meu post insurge-se contra duas coisas que comprometem a seriedade e a credibilidade do vosso blogue: a crítica cega a tudo ou a todos os aspectos de um qualquer assunto, e os comentários infectos que pululam por lá. Perante isto o vosso blogue não me merece especial atenção ou consideração. Salvo para seguir os comentários desesperados daqueles a quem as minhas verdades incomodam, especialmente em questões de foro pessoal – mas a esse respeito não peço nenhum tratamento especial, para os removerem p. ex. pois tal atitude só faria aumentar a desconfiança a meu respeito por parte da imbecilidade reinante.
Mas se querem ser levados a sério terão que exercer maior rigor na aceitação de comentários e deixar as contundências para os casos que conheçam bem, sobre os quais estejam, efectivamente, bem informados.E reitero estas críticas, que são profunda convicção minha.
Sobre o assunto não tenho mais nada para dizer nem disponibilidade para colaborar convosco, não só pelo que atrás foi dito mas também porque embora nunca tendo colaborado com o vosso blogue, e sem vos conhecer, já suporto atitudes velhacas devido à cretinice instalada me julgar redactor desse blogue. Agora até inventam factos e sopram-nos aqui e ali para ver quem pega e leva para o vosso blogue. Porém, fazem-no de forma tão abrutalhada, que até mete dó. Subtis como paquidermes.
Como da vossa parte nunca recebi tratamento pessoal ofensivo ou incorrecto, desejo-vos Saúde, e Boas Festas.

Mensagem à qual a "mesa redonda" retorquiu, encerrando a troca de correspondência.


Agradecimentos pela sua resposta.
Ficámos e sentimo-nos esclarecidos, embora continuemos a pensar que não compreendeu o nosso texto e que elaborou o seu sobre um erro de interpretação (no qual persiste).
De resto, quanto à credibilidade que os nossos textos merecerão ou não, vinga o seu direito à opinião e que não contestamos.
Já quanto à moderação de comentários: ela é feita a nível da linguagem que pode ser utilizada, mas não de argumentação.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo para si são os desejos da Mesa Redonda.


Esclarecimento Final: Embora contrariando a preferência manifestada pela "mesa redonda" na não publicação desta discussão, entendo que o devo fazer para que fique esclarecida a minha posição e relação - não relação, é mais exacto - com esse blogue, desmontando assim a acção de um reles, invejoso, incapaz e inútil que de há muito me critica lá na caixa de comentários do blogue "mesa redonda" , não tendo coragem de o vir fazer aqui no meu blogue. Um desgraçadito que adoptou essa atitude desde que passei a tratá-lo com o desprezo que merece . O verme tenta, com grande afã, "colar-me" ao mesa redonda, procurando que daí advenha prejuízo para mim. Coisa que também servirá os interesses dos redactores desse blogue porque enquanto os visados (criticados e insultados) dirigirem as suas atenções sobre suspeitos errados, não o fazem em direcção aos verdadeiros proprietários do blogue em causa (?!).
Porém, nada disto afecta as minhas convicções sobre o blogue em questão, patentes no post que originou esta esgrima de posições. Que fiquem pois os espíritos esclarecidos a este respeito.
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ACTUALIZAÇÃO EM 27 DEZ. no seguimento de uma mensagem recebida da "mesa redonda", durante a tarde.

Cumprimentos
Tivemos oportunidade de ler tranquilamente o seu Esclarecimento Final que resultou da nossa troca de correspondência.
Desta feita, sentimo-nos esclarecidos. Custava-nos firmemente a acreditar que não tivesse lido correctamente a nossa postagem e que tivesse cometido algum erro propositado em relação ao que dissemos e pretendíamos transmitir (se bem que admitamos que a ironia do texto se poderia prestar a alguma confusão ou interpretação errónea). Ao referir-se ao prejuízo que poderá advir da "colagem" feita à Mesa, percebemos a sua motivação mais profunda quanto à postagem que fez. E fez -se luz! Mas, também registámos que "Porém, nada disto afecta as minhas convicções sobre o blogue em questão, patentes no post que originou esta esgrima de posições. Que fiquem pois os espíritos esclarecidos a este respeito", como fez questão de sublinhar e nós de tomar como certo.
Em primeiro lugar: saiba que lamentamos profunda e sinceramente que a "colagem" que alguns fazem de si à Mesa Redonda (eventualmente as pessoas com quem trabalha e, quem sabe?, os seus superiores hierárquicos) lhe possa ter criado problemas, ou dissabores pessoais e profissionais. Não é nem foi de todo essa a nossa intenção.
Em segundo: contudo, nem nós estamos em posição de afirmar peremptoriamente que o Francisco Castelo não participa ou não participou da feitura da Mesa Redonda. Nós publicámos dezenas de postagens vindas dos mais provenientes autores, alguns devidamente identificados e de outros que não o fizeram. Fizemo-lo pois há uma ligação no nosso blog que assim o permite e pois essa é, em nosso entender, a forma de alargar e de tornar mais plural e participativa a discussão sobre a nossa cidade e o nosso município.
Em terceiro: equipados de sofisticado escafandro autónomo vasculhámos o que apelida de "cloaca maxima" e que é segundo afirma a nossa caixa de comentários, em busca de o verme a que alude. Infelizmente, não o detectámos! Mas, reconhecemos que essa tarefa não é fácil, para mais tratando-se da "cloaca maxima". Mas se nos indicar onde achar trataremos de inibir essa participação a que se refere.
Mais uma vez, queira aceitar as nossas desculpas pelos incómodos que lhe causámos e contacte-nos com sugestões no sentido de que os mesmos não se voltem a repetir.
O colectivo Mesa Redonda.

Declino a vossa oferta, como já o tinha dito anteriormente. Não é meu desejo que a "mesa redonda" assuma as minhas guerras (disso trato eu), desde que não as integre já chega. Porém, a cloaca máxima não obtém esse estatuto devido às críticas a mim dirigidas, que são um minúsculo dejecto na descarga geral do que por lá flutua. Mas não me lixem com essa "nem nós estamos em posição de afirmar peremptoriamente que o Francisco Castelo não participa ou não participou da feitura da Mesa Redonda.". Então para que serve o controle de IP's.? Eu sou capaz de identificar todas as vossas visitas ao meu blogue a partir do IP que usaram, quer seja um IP real ou artificial. Dado que não mascaro o meu IP, é evidente que qualquer visita ou colocação de comentário no vosso blogue, é passível de ser identificado. Quanto a mails, aí terão que ficar com a minha palavra de que nunca vos enviei material algum, vocês é que terão aproveitado algo do que publiquei no "Lagos" e fotos do meu site, atitudes que não me ofendem minimamente. E já agora aproveito para esclarecer em que condições poderia participar na acção cívica que o vosso blogue pretende constituir: Em primeiro lugar teriam que resolver essa questão da vossa caixa de comentários estar transformada numa cloaca, depois eu teria que não trabalhar em Informação Municipal. Portanto, aí têm razões poderosas e de fundo que me impediriam, sequer, de considerar tal colaboração.
Saúde, e Bom 2010.

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