Desafio
gostava de ler aqui sobre isto
http://www.ionline.pt/conteudo/40832-o-extase-sexual-clara-pinto-correia---fotos
ABRAÇO
dAVID oLIVEIRA
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http://www.ionline.pt/conteudo/40832-o-extase-sexual-clara-pinto-correia---fotos
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dAVID oLIVEIRA
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Separados do sentir, estes registos de sentires alheios não traduzem veracidade emotiva. As fotografias, alternativas reconstruções do real, raramente servem para transmitir o que realmente se sente, o que realmente acontece. Estas, em particular, nem sequer se aproximam daquilo que pretensamente representam, são banais. Não passa de mísera futilidade, a pretensão de mostrar aquilo que possui valor maior na sua condição de acto íntimo, inviolável, posto que revelado perde a valia singular que possui. Isto nem sequer é pornográfico, é pior, é frívolo.
Já o texto é bem mais interessante, prestando-se a variadas apreciações, quer pelos lugares comuns, revisitados, da “luta” quotidiana entre os sexos, que as opções literárias da autora não conseguem camuflar, quer, pelo lado inverso, pelas “imagens” que as palavras intuem, bem mais sugestivas do que as fotos: «A janela não parou de abrir e de fechar até ao romper da aurora». Seria uma bela metáfora ao “mete-e-tira”, se não se referisse a dois homens fechados num quarto – é verdade, não estendo a beleza do acto às relações homossexuais, porque não as compreendo; ou «…um homem que gosta de brincar. Tem, de facto, muito pouco de humano…». Ou não percebi onde arranca a construção que tece a ironia ou a rapariga passou-se: Brincar é uma das atitudes mais humanas.
É a Clarinha, vestindo o papel de gaja moderna com as queixas dos homens que não está para aturar; antes, manipula-os a seu bel-prazer, como deve fazer toda a gaja moderna que se preze. Claro que, sendo necessário, hão-de continuar a chorar por umas fodas redentoras, mesmo com olhos fechados e cenho arreganhado, em pose para a máquina fotográfica, qual canastrona lançada ao palco do Teatro.
Fico-me pela melhor afirmação, que bastava como legenda das fotos: «Ou seja. Eu para aqui a construir todo este belo edifício artístico que o corpo e as mãos deste homem me inspiram. E, como acontece tantas vezes, a esquecer-me do lado irracional da existência onde tantas vezes se cristalizam os nossos actos mais profundos.»
Já o texto é bem mais interessante, prestando-se a variadas apreciações, quer pelos lugares comuns, revisitados, da “luta” quotidiana entre os sexos, que as opções literárias da autora não conseguem camuflar, quer, pelo lado inverso, pelas “imagens” que as palavras intuem, bem mais sugestivas do que as fotos: «A janela não parou de abrir e de fechar até ao romper da aurora». Seria uma bela metáfora ao “mete-e-tira”, se não se referisse a dois homens fechados num quarto – é verdade, não estendo a beleza do acto às relações homossexuais, porque não as compreendo; ou «…um homem que gosta de brincar. Tem, de facto, muito pouco de humano…». Ou não percebi onde arranca a construção que tece a ironia ou a rapariga passou-se: Brincar é uma das atitudes mais humanas.
É a Clarinha, vestindo o papel de gaja moderna com as queixas dos homens que não está para aturar; antes, manipula-os a seu bel-prazer, como deve fazer toda a gaja moderna que se preze. Claro que, sendo necessário, hão-de continuar a chorar por umas fodas redentoras, mesmo com olhos fechados e cenho arreganhado, em pose para a máquina fotográfica, qual canastrona lançada ao palco do Teatro.
Fico-me pela melhor afirmação, que bastava como legenda das fotos: «Ou seja. Eu para aqui a construir todo este belo edifício artístico que o corpo e as mãos deste homem me inspiram. E, como acontece tantas vezes, a esquecer-me do lado irracional da existência onde tantas vezes se cristalizam os nossos actos mais profundos.»
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