é crime? pois é!

«Ser um apoiante do governo actual é uma espécie de crime»
João Galamba - in revista Pública, de que o senhor Eduardo Pitta faz eco, provavelmente por se sentir solidário com o lamentoso.



Coitado do João Galamba. Certamente, os que o criticam devem calar-se e calar as críticas ao governo, como boas ovelhas a que devem aspirar ser, esperando um braçado de erva seca?! Não lhe passa pela cabeça que é criticado porque, aos olhos dos críticos, apoia a maldade?!
É convicção de muitos portugueses – convicção baseada no vasto rol de casos não explicados/justificadas pelos visados – que este governo pratica ilicitudes e manipula a polícia e a Justiça de forma a manter as suas acções inalcançáveis. Mas como ainda não controla tudo a 100%, de vez em quando lá transpira coisa incómoda, e então ficamos a conhecer mais um podre do hediondo (des)governo deste país.
Isto é falso? É cabala da comunicação social e dos adversários políticos? Não me gozem, e não gozem com a maioria dos portugueses que dão atenção ao que se passa neste país. Estes senhores que governam fazem parte da família política que sempre manipulou a informação e a comunicação social em Portugal. Fazem parte daquela trupe que mente descarada e repetidamente, transformando as mentiras em verdades. Portanto, não são vítimas. Antes vitimizam-se, procurando credibilidade para a sua actuação maquiavélica.
Mas não nos confundam com os outros portugueses, os que se alheiam da vida cívica e da política, os tolos que a “máquina“ alimenta a pão-de-ló: mais um empregozito aqui, um subsidiozito ali, um contrato de fornecimento ou prestação de serviço acolá, ou uns entrolhos de muar em jeito de oferta natalícia.
Há milhares de galambas por este país fora: uns que agem por ignorância e outros por malvadez, mas com convicção suficiente para persuadir o próximo ou, pelo menos, instalar a dúvida nos espíritos menos avisados.
Eppur si muove.

4 comentários:

Ana Cristina Leonardo disse...

é mais um exemplo de portugal virado de pernas para o ar, como na Alice: estão no poder mas acham-se vítimas. anda tudo a tomar drogas maradas é o que é

francisco disse...

Se pudessem, os gajos até snifavam as linhas das passadeiras da Avenida da Liberdade... e das outras passadeiras todas...

;)

Josefina Maller disse...

Não acham que estão a ser demasiado pessimistas? Isto está mau. Sim. Mas foi o povo que democraticamente escolheu os homens e as mulheres que nos governam. Então? Não está bem? Para a próxima votem em branco, como eu, assim, não me sinto cúmplice do caos.

francisco disse...

Josefina, votar em branco iliba-a da cumplicidade? Talvez se votasse contra, e mesmo assim...
É que a responsabilidade, tal como a possibilidade de intervenção, não se esgota no exercício do voto. Quem não quer ser cúmplice usa desde a intervenção cívica, pública e diária até à acção directa (às bombas se necessário). Senão... integra o rol dos cúmplices, como eu, como todos os outros. Mesmo que em níveis diferentes de cumplicidade ou em manifestações de consciência crítica, ou não.