Escrever

Escrever é um acto de "resistência". Resistir ao vocabulário anarquizado, dúbio e pernicioso que, insidiosamente, tem sido vinculado à imagem (foto, TV, pintura, cinema, sinalética urbana, etc). A cada minuto que passa, a palavra, sobretudo a escrita, perde terreno para essas novas imagens construídas para comunicar com os iletrados, incapacitados e imbecilizados do mundo global, desritmado, vertiginoso, em que vivemos.
Escrever, é resistir contra o uso pérfido da imagem, essa coisa inventada “para submeter as massas" como dizia Umberto Eco.

4 comentários:

deodato inácio dos santos disse...

não consegui contactá-lo com o e-mail que tinha, venho por este meio.

na galinha sodomizada limitei-me a seguir o mote deixado por um dos administradores. mesmo assim, o respeito pelo que faz, leva-ma a
lamentar o sucedido.

francisco disse...

Meu caro amigo Deodato, não percebo a necessidade dessa justificação. Por um lado, não fui eu o autor do post, mas sim a Mena [membro do blogue mas não administradora - os administradores, ou seja as pessoas com as responsabilidades técnicas pela manutenção do blogue são: o Zé Francisco Luz e eu próprio (efe)]. Por outro lado, não encontro falta cometida por nenhum dos comentadores - o próprio post convida a brincar, e nos comentários não há mais do que brincadeira.
Receio que tenha entendido mal algum comentário posterior (?), ou então escapa-me alguma coisa.
Creia que será sempre bem-vindo ao blogue Lagos.

Abraço.

Josefina Maller disse...

Escrever, tal como conduzir é também caminhar por uma corda bamba com um bando de anlfabetos "letrados" por baixo a serzir a incultura. É uma vergonha o que se passa com as Letras. Estou desiludida.

deodato inácio dos santos disse...

amigo francisco este seu texto é daquelas coisas de que muitos gostariam de ter sido os autores. porque não fui,deixo-lhe uma variação sobre o tema.


recitem-me mil definições de literatura e, convictamente aquiescendo,a todas elas uma por uma, mil vezes, acrescentarei:entretanto, escrever, é ainda outra coisa ainda.
mantemos com o nome que nos deram e com a primeira lingua escrita adquirida uma estranha e inquebrável relação dependente, para o positivo e para o negativo - e nem a eletricidade vive sem ambos - intermitentemente equívoca e quezilenta.
quando mais acordos fizerem mais à vontade me sinto para ir escrevendo como sei e posso,penso até sentir o deleite que julgo sentirem os frequentadores de linguas mortas.