Lobotomias, férias e cadeiradas

Corrupção pode dever-se a lesão cerebral

Segundo Antoine Bechara, neurologista da Universidade de Iowa, falhas na região cerebral do córtex pré-frontal podem explicar o fenómeno da corrupção. “Os corruptos são pessoas cativantes, com muito sucesso na vida, mas que não distinguem valores morais”, diz o investigador que analisou exames de ressonância magnética realizados a pessoas com reconhecidos comportamentos desviantes.
A lesão cerebral, que é semelhante à encontrada nos cérebros dos assassinos psicopatas, pode ter uma causa genética ou ser o resultado de traumas da infância/adolescência. As alterações podem ser detectadas nos exames ao cérebro. Quem tem uma lesão destas não aprende o que é errado, logo, as punições não têm efeito algum. Outras pessoas com atitude semelhante mas que não possuem as falhas cerebrais detectadas, ou seja aqueles que aprenderam a ser corruptos por influência do meio em que vivem, e onde essa conduta é valorizada, podem encontrar a solução numa mudança de ambiente.
O investigador Antoine Bechara já anteriormente tinha revelado outras descobertas relacionadas com o cérebro humano. Por exemplo, em 2007, num artigo em co-autoria com Hanna Damásio, revelou que uma lesão numa determinada zona do cérebro fez com que um fumador compulsivo abandonasse o consumo de tabaco.
Conclusão: Lobotomia para os corruptos crónicos; férias pagas para os corruptos imitadores, e para os fumadores inveterados repetidas cadeiradas na caixa craniana - mas com assistência médica e muitos exames de controlo, não vão os fumadores transformar-se em corruptos crónicos ou, pior, em assassinos psicopatas.

Agora, caro leitor, escolha o tratamento mais adequado a cada uma das personagens que lhe assaltaram o pensamento durante a leitura do artigo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei, eu sou fumadora, mas dispenso o tratamento, não vá morrer da cura. Agora, para além daquela cambada que todos sabemos necessitar urgentemente deste tratamento, veio-me à cabeça o meu patrão... ahahaha