Não acredito em deuses mas acredito na possibilidade de existir um denominador comum, uma lei resultante de todas as forças que actuam no universo que, de forma desconhecida e impossível de conhecer, exerça influência sobre as coisas e seres deste universo.
6 comentários:
Acertaste, Francisco. É a Entropia.
Mas na nossa Igreja chamamos-lhe BLOG!
;-)
Blog, pois claro. Mas sobre Entropia recomendo esta leitura breve:
http://www.hottopos.com/vdletras2/mario.htm
A abordagem que ele tem à entropia é bastante interessante, mas extremamente tendenciosa.
Para tal, basta tomar atenção à citação que ele faz de Heidegger - "A filosofia bem como o pensamento e a ação do homem não vão conseguir provocar uma mudança na atual situação do mundo. Nós temos apenas esta possibilidade, através do pensamento e da poesia, de nos preparar para a chegada do deus ou então para a ausência de deus, o fim, que nós na ausência de Deus iremos viver".
E então esta parte é preciosa:
JL: Já que estamos no assunto, trata-se então de uma leitura pós-moderna da parábola do filho pródigo: o homem toma a sua parte na herança (recursos energéticos e materiais), malbarata-a, esgota-a e, ao final, só lhe resta uma salvação "de fora"?
MBS: É. Ou Deus nos salva, pois a nova era já era, ou...
Posto isto, Francisco, vou abrir mais uma "caixinha" para explicar o meu ponto de vista.
;-)
A entropia não é uma receita (embora falhada) para o progresso, como erradamente o Dr. Mario Bruno Sproviero afirma nessa entrevista. Sendo sim uma lei básica do funcionamento universal; ou em explicação mais sucinta o "sistema operativo do universo".
Não é algo que se possa abraçar ou recusar como uma qualquer filosofia, política ou credo religioso; mas sim o modo como as coisas funcionam no mundo físico. E por isso tão inevitável como o próprio universo em si.
Aplicando um paralelismo com os sistemas informáticos, qualquer método (programa) que utilizemos para sobreviver e progredir (operar) no universo (esse enorme computador), tem que ter em conta a entropia (o sistema operativo) ou nunca funcionará no sistema; conduzindo assim ao insucesso de todos os objectivos inicialmente pretendidos.
A entropia "É". E se realmente nós (como espécie) queremos continuar a "SER", temos que saber adaptar a nossa metodologia a essa lei natural aparentemente inflexível. Sob pena de, como espécie termos os nossos dias contados (em números bastante vastos, claro).
Não é pois como ele e alguns outros afirmam, o modo como funciona a humanidade; mas sim o "mar" em que temos que navegar.
E ao contrário do que ele e Heidegger afirmam, não será Deus (ou mesmo Blog) que nos irá salvar. Pois estamos entregues a nós próprios; e em caso de dar para o torto, não vai vir ninguém para nos safar.
Mas isto é apenas a minha opinião.
Abraço e bom fim-de-semana.
;-)
Só tu me farias ler Max Planck novamente.
;-))
Hehehehe... eu devia ter dito mais qualquer coisa, como por exemplo não ter considerado minimamente as últimas frases do gajo, já que as apreciações sobre a dimensão religiosa entram-me por um ouvido e saem logo pelo outro, e sempre evitava alguma escrita menos necessária da tua parte, mas perdi-me nos prolegómenos da entropia. Max Planck? Isso não é o gajo da física das partículas? Tou a ver que isto tá tudo ligado por fios invisíveis. É a termodinâmica e a quântica mais sei lá o quê… uma entropia desgraçada é o que é. E eu que nem terminei a Breve História do Tempo do Prof. Rodinhas fico-me como é normal nos portugas arredios da Física e da Matemática… enfim.
Obrigado pelo esclarecimento em linguagem clara.
Que Blog esteja contigo (mas afastadinho)
Abraço
(acho que devido ao adiantado da hora e ao cansaço das férias dei esta resposta a partir do gmail, pelo que poderá ter seguido também por essa via - só agora percebi)
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