U coroné diz as forças armadas devem colocar-se ao lado das populações contra a repressão caso esta atinja os limites do tolerável. Mas quais limites? Diz ele que não é aceitável que as forças da ordem usem armas letais contra os manifestantes. Achará o senhor que poderá acontecer em Portugal aquilo que aconteceu no Egipto ou na Líbia? Ele acaba por dizer que não, portanto de que raio fala? Afirmou parvoíces em declarações anteriores e agora tenta atenuar o eco que a imprensa fez das suas afirmações inconscientes, mas continua na senda dos argumentos tontos.
O senhor é livre de falar, para isso deu o seu contributo no 25 de Abril. É pois, livre de dizer os disparates que quiser. E eu, de me rir destas figuras grotescas que brandem, ainda, a defesa corporativista do seus interesses mesquinhos. Repare-se que o senhor só procurou as câmaras e os microfones da Tv e da rádio depois do anúncio dos cortes salariais na função pública, extensivos aos militares. Eu sou funcionário público e não me revejo na posição que u coroné adopta, supostamente para defesa destes.
E insiste, irracionalmente, atacando as medidas do actual governo quando ninguém o ouviu criticar o despesista e inconsciente Sócrates. A loucura de então dividia o bodo do erário público por inúmeros mamões, eternamente abocanhados à teta Estado. Pois, compreende-se o incómodo agora que a teta está a secar. Diz que o PEC 4 era um brincadeira de crianças comparado com as medidas actuais. E não deixa de ter alguma razão, eram crianças a brincar com coisas sérias e por isso chegámos aonde chegamos. E agora que os adultos tomaram conta da casa, as crianças amuam e ameaçam com revoluções. U coroné assume a mesma posição de um grupo especial do PS, os caceteiros-mamões, esses lídimos representantes da imensa mole de chulos que têm vivido pendurados na teta.
Que as medidas adoptadas são muito duras, que não são tão justas como deviam ou como se afirma, que subsistem vícios graves no sistema político e que alguns se estendem às antecâmaras da governação, nisso posso condescender. Mas as acusações como as que o senhor coroné faz na entrevista não me suscitam mais do que comiseração pela figura anedótica que mostra ser.
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