"O italiano Piergiorgio Welby, que sofria de distrofia muscular progressiva e que há alguns meses pedia a suspensão do tratamento médico que o mantinha com vida, abrindo um amplo debate sobre a eutanásia na Itália, morreu nesta quinta-feira aos 60 anos."
A mesma Igreja que dá o perdão a um qualquer assassino e celebra missa pela sua alma, condena, excomunga e recusa celebrar a mesma homilia por um ser humano que, em sofrimento atroz e continuado, decide pôr fim à sua vida.
A mesma Igreja que dá o perdão a um qualquer assassino e celebra missa pela sua alma, condena, excomunga e recusa celebrar a mesma homilia por um ser humano que, em sofrimento atroz e continuado, decide pôr fim à sua vida.
Esta recusa em reconhecer o direito de cada um dispor da sua vida, é uma das mais abjectas e ultrajantes atitudes da Igreja. Já em tempos de João Paulo II, a sua condenação pública dos movimentos latino-americanos da “teologia da libertação”, desmascarou claramente o arcaísmo e o distanciamento que a Igreja mantém em relação à realidade e aos problemas da civilização contemporânea.
Continua a ser uma Igreja que pretende estar mais próxima de Deus do que dos Homens. E uma Igreja, assim, agarrada a dogmas tão arredados da condição humana, só vai cavando a sua própria sepultura. E ainda bem, porque tamanho ninho de hipocrisia só merece mesmo é apodrecer. Apodrecer lentamente, para que não se “construam” mais mártires ou falsos profetas.
Bom Dezembro, e melhor Janeiro, para todos.
3 comentários:
Ho pá, o que se pode esperar de mariscas de saias?
Não podia estar mais de acordo!
(um bom ano, framncisco ;)
(oopssss)digo, Francisco
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