passarinhos fritos

Eu, de Economia não percebo nada. Tirando os conceitos: DEVE, HAVER, EMPRÉSTIMO, DÍVIDA, DESPESA, SALDO, LUCRO, não domino mais. Mas vou fazer um esforço: Se bem compreendo a situação do país – e não é certo que compreenda –, o nosso problema, para além do facto de estarmos endividados (o país e os portugueses – até eu, que não contraí empréstimo nenhum), é que NÃO HÁ DINHEIRO. Quer dizer, os bancos não têm dinheiro.
Ora, se não há dinheiro porque raio aparecem, ainda, uns entendidos em Economia a defender a continuação de projectos que vão exigir dinheiro, justamente aquilo que não há?!
Esses projectos relançariam a Economia ou parariam a tendência de crescimento galopante do desemprego?! Já muitos disseram que não, e eu acredito neles. Porque nem o Aeroporto novo muda nada nos próximos anos nem o TGV se assume como peça fundamental ao serviço da criação de riqueza (nem serve de transporte de mercadorias!); quanto aos postos de trabalho criados temporariamente, iriam usufruir deles os imigrantes, maioritariamente… portanto estamos conversados.
Este país perdeu, ponto final. Quer dizer, está na merda. É tal qual uma equipa de futebol que já não pode com o cú, cujos defesas não se aguentam nas canetas e os avançados, trôpegos, deambulam vagarosamente pelo relvado, mas de quem os emplastros treinadores continuam a dar entrevistas enaltecendo o espírito de equipa e apontando a baixa prestação das equipas adversárias como consolo para a nossa tragédia.
Eu só faço comparações entre Economia e Futebol porque não percebo nada de uma e outra coisa.
Por mim, queimava estes gajos todos – políticos, economistas, futebolistas - na central energética de Sines. Sempre davam para acender as lâmpadas para o jantar de passarinhos fritos que se vai seguir daqui a pouco.
E pago os passarinhos com botões da roupa, como fazia em puto quando jogava ao berlinde.

2 comentários:

Paco disse...

Estou numa de desconcordar!mas por outras razões. Tanto para a concordância como para a discordância. TGV? Não me faz falta. Não vou andar nele. Se alguem o quer, que o pague. Os senhores de Lisboa e dos arrabaldes. Aeroporto? só concordo se for construído em Bragança. Isto quanto ás duas grandes e emblemáticas obras.
Quanto ao resto os primeiros a ser queimados deviam ser os economistas. Os economistas são os coveiros de qualquer sociedade. Mesmo sendo "bons" quanto mais esta imitação que temos por cá! Não há dinheiro e o estado tem que pedir dinheiro ao estrangeiro porque os Portugueses perderam o hábito de poupar!!! Mas que bela tirada de, que sublime pensamente brotou dessas iluminadas mentes! Mas pergunto. Quando o m~es é mais comprido que o ordenado e já se anda a tirar ao que vai para a boca como caralho havemos de ter hábitos de poupança. Desafio qualquer economista a convencer a poupar a um pai que ao dia 15 de cada mês já começa a racionar o pão que dá aos filhos. Não há dinheiro? Há sim senhor. E muito. Acontece é que está nas de poucos. Se não hádinheiro como se explica que se paguem venciomentos milionários a administradores mediocres, prémios e coisas semelhantes a gestores que faliram empresas ? Paira no ar a perspectiva de virmos a ficar sem parte, ou todo, do subsídio de Natal. Num esforço, dizem, para debelar a crise. Eu recuso-me terminantemente. Porém estou disosto a abdicar de 1/4 se todos os ex presidentes da república a ex ministros abdicarem da totalidade das benesses que lhe são atribuídas pelo facto de terem sido presidentes e ministros. Abdico de outro quarto quando os deputados da Ass. da Repúlica abdicarem de metade do seu venciemnto mensal e de todas as mordomias. Abdico de outro quarto quando os gestores e administradores de empresas, públicas e privadas abdicarem do excedente a 10 mil euros por mês e todas as regalias e benesses que lhe são conferidas (e estou a ser generoso porque a esmagadora maioria dos portugueses recebe 15 vezes menos. Finalmente, não teria que abdicar do último quarto porque entretanto a situação ficaria resolvida.

francisco disse...

Isso... não era melhor alugar esses quartos todos aos cámones, ó JF?