sai um empréstimo para o país do canto


- Não, não Zé, não estás a perceber. Não podes emprestar mais dinheiro do que aquele que tens, lá porque não é necessário transaccionar fisicamente as notas. Um Banco nem sequer pode emprestar todo o dinheiro que possui, quanto mais o que não possui; uma parte tem de ficar como reserva, percebes?
- Quero lá saber disso, ó Teixeira. Então os americanos, os culpados desta merda, andaram a emprestar o que não tinham e nós agora não podemos fazer o mesmo para nos desencravarmos disto? Olha, fazemos assim, eu empresto-te 500 mil milhões de euros e tu pagas as dívidas todas com esse dinheiro que eu contraí em empréstimo do Mário quer por sua vez recebeu do Rui…ou do Mariano… não interessa. E como nem sequer precisamos dos 500 mil, ainda sobra para iniciar o TGV e o Aeroporto, tipo compra-se uns 50 Km de carril e umas 10 toneladas de cimento. Ora faz lá aí as contas a ver se também dá para o empréstimo aos gregos?! É fácil, pá. Se dissermos muitas vezes que temos o dinheiro, ninguém duvida, temos mesmo, ponto final.
- Mas... mas, e o juro?
- Juro? Pois claro que juro. Juramos todos, pronto.

= Intervalo na Reunião de Ministros =
(a crise segue dentro de momentos)

8 comentários:

Valquíria Calado disse...

MELHOR UMA MULHER NA ECONOMIA, POIS DE CONTAS E PAGAMENTOS ENTENDEMOD BEM, SE ADMINISTRASSEM
O PAÍS COMO NOSSA CASA, FUNCIONARIA, TANTO LÁ COMO CÁ.
ME CANDIDATO KKK
BOA SEMANA,
OBRIGADA POR AQUELE CARINHO, QUE SEI O FIZESSE COM PRAZER, FIQUEI FELIZ QUANDO VI A FOTO,BEIJO PRA VC MERECE.

David R. Oliveira disse...

Isso será mesmo, mesmo, ficcionado? acho bem que meta lá no rodapé que
"qualquer semelhança com ...tralaralala" se não ainda terá a surpresa (agradável, diga-se) de um dia isso aparecer como uma escuta e o meu amigo acusado de ser um submarino da oposiçon.
Grande abraço
David Oliveira
P.S.: eu gostava de falar consigo a sério. Mas vocemecê goza com a genti

francisco disse...

O receptor Icom-R2 que tenho também daria para escutar telemóveis, se fosse acoplado a um sistema informático complexo mas, assim, apenas posso fazer escuta a qualquer frequência hertziana, desde que suficientemente perto do emissor…hehehe… Não chega para me incriminarem, ou teriam de arrolar centenas de outros radioamadores e radioescutas.

Meu caro David Oliveira, eu parto para o gozo porque não tenho conhecimentos para manter, a sério, uma conversa de nível. Sobretudo acerca de questões sociais, económicas, e mesmo políticas.
Por vezes lamento tal facto mas, depois, acabo por cair na "realidade" (modorra) da condição de ser português, de pertencer à turba [tá ali anunciado, na coluna ao lado]. Digamos que estou no limiar da mediocridade, na situação em que, sem dela me livrar, dela tenho consciência. Portanto, o meu gozo não é apenas diversão, é também estratégia de "sobrevivência"(!?). No entanto, gosto de ouvir quem sabe do que fala. É daí que aprendo, às vezes. Noutras não, apenas fico mais baralhado.

Paciência. Cada um é o que aprendeu.

Abraço.

David R. Oliveira disse...

estou a desconsiderar aqui pois os que como eu encontro nos meus textos muitas vírgulas fora de sítio e algumas falhas de acentuação e que quando as encontro depois de os editar tantas são as vezes em que tinha mais do que fazer em ir corrigi-las. As coisas saem. e escrevo-as para si, coloquialmente, sem pruridos ou ademanes. Como se estivessemos a conversar à mesa do café. E creio eu que seria assim que deveria ser. Menos montra e mais autenticidade.Pelo menos autenticidade.
Mas deixe lá que, isto, há-de ir ao sítio.
Meu amigo
desculpe lá este desabafo e alguma irritação epidérmica com "os que sabem do que estão a falar". Existem por haver sempre quem julgue que sabem do que estão a falar. Porra! essa do "limiar da mediocridade" é de cair para o lado. O Francisco é um medíocre em quê? E eu não sou uma anedota potenciada se o meu amigo me enrodilhar pelo ... ou me puser à frente de um P19 (esta do P19 tem explicação: era o equipamento de comunicação que há trinta e cinco anos um vizinho meu comprou para falar com os responsáveis pela fazenda que ele tinha a mais de duzentos quilómetros da nossa cidade e em um sítio sem rede telefónica. E ficou-me!)
Ó meu amigo, mesmo em relação ao comentário que deixou lá no "Pleitos" era para lhe dar uma cacetada por causa daquela boca do bicurso. Saiba Francisco que se há coisa que nunca me faltou, foi convívio com "calhaus" em quem entravam as frases dos livros com vírgulas e tudo. Se lhes faltava a porcaria da vírgula ia tudo p'ró escambau.
Sobre as questões económicas, sociais, e mesmo políticas,olhe meu amigo que lhe hei-de dizer? dou-lhe u exemplo que me veio agora à ideia.
Sabia mais de astrofísica, ao tempo, o Eurico da Fonseca que não era licenciado em porra alguma que sabiam, em Portugal, todos os licenciados e especializados juntos. E era um autodidacta.Se bem que com suporte científico. Esta do autodidacta também gostaria de saber o que é? Infelizmente, por cá - necessidade dos detentores de instrução literária - durante muitos, muitos anos se referiam por autodidactas, para pejorativamente se alcandorarem. Nunca houve quem lhes enfiasse nas trombas que todo e qualquer cretino que após a aquisição dos rudimentos literários, científicos e/ou técnicos não se fizer autodidacta é/será sempre um cretino. Licenciado é certo. Mas cretino.
Nesse detalhe, apesar de toda a desgraça, estamos melhor. Mas não chega.
Bem e já me perdi ...
Abraço
David Oliveira

David R. Oliveira disse...

Porra! o que é isso de "conversa de nível"?!
Não, você não tem de ouvir "quem sabe do que fala"; você tem de fazer perguntas aos "que sabem do que falam". E olhe lá que se fizer muitas perguntas não lhe vão responder. Há estratégias como muito bem sabe para isso. Por isso é que alguns "dos que sabem do que falam", falam, mas não respondem a perguntas que lhes façam e por isso não têm caixas para comentários.
Olhe que a ouvir a merda que dizem "os que sabem do que falam" andou eu e "os que sabem do que falam" não resolveram assunto algum. Às tantas "os que sabem do que falam" ainda sobrevivem a "dizer-nos o que sabem" porque há muitos parolos disponíveis para "ouvirem o que dizem". É um modo de vida. Quem são "os que sabem do que falam". Conte-os bem e vai ver que não são mais de 40.Eu já fiz esse exercício. Eles ocupam as páginas de opinião "especializada" dos jornais,os mesmos que ocupam os painéis dos fórum televisionados e dos frente-a-frente, os mesmos que comentam nas televisões e alguns ainda têm espaços de opinião, aqui, na blogosfera. Conte-os!
Claro que há excepções. Mas são poucas.É uma girândola.Desafie-os, a eles ou a quem "os convida para", para se submeterem ao debate com ilustres desconhecidos. É o vão! uns.É o convidam!, outros.
Verdade que isso também tem uma outra explicação mas que não descola da necessidade de sobrevivência deles.
O que é uma "conversa de nível". è eu enfiar-lhe pelos olhos adentro umas carradas de merdas que a maioria colige de quem raciocina, estuda, pondera, trabalha de verdade e lhe colocam à frente do nariz. É uma conversa de nível porque nunca se confrontam com quem, com nível ou sem nível, os confronte com o esterco de todo o tipo que defecam quando estão protegidos. Olhe lá se o Medina Carreira não anda a desafiar uma série de merdas e crápulas a irem, à vista de todos, discutir uma série de questões. É o foram! ó vais! porquê? porque ficavam na merda. Ouviu? na merda! o homem só perde mesmo por não ter paciência para certos trejeitos, e falinhas doces, e maneiras púdicas, e tiques bem, de o dizer e perde muitas vezes pelo modo que diz. Nunca pelo que diz. Isto carece de comprovação? NÃO!
Quanto a muitos que "sabem o que escrevem por escreverem bem" isso seria outra conversa. Escrevem bem uma trampa. Não escrevem ou melhor escrevem com o dicionário ao lado. E alguns são uns pavões convencidos que a profusão de adjectivos ou um chorrilho de pleonasmos e perífrases e hipérboles e outras figuras que tais fazem de um texto um bom texto.Não é verdade!Um - ninguém escreve bem, se não pensar bem; dois - não é um arrazoado mais ou menos rebuscado ou uma aletria de gongorismo que faz uma boa escrita. Ou é?

francisco disse...

1 - Meu caro amigo, mesmo vegetando no limiar da mediocridade (como aliás a esmagadora maioria dos nossos compatriotas), ainda me julgo capaz de identificar alguns d’ "os que sabem do que falam", e obviamente que não são esses que aparecem a toda a hora na TV, brilhando do alto dos seus cargos ou títulos académicos. Mas são sobretudo aqueles que, com tiros certeiros e numa linguagem clara e, habitualmente, acessível, vão ao cerne das questões, demonstrando lucidez, sagacidade e honestidade intelectual no equacionar/denunciar as situações/problemas que nos afrontam hoje. Portanto, julgo que tenho uma percepção correcta daquilo que devem ser “os que sabem”.

2 - “Não é um arrazoado mais ou menos rebuscado ou uma aletria de gongorismo que faz uma boa escrita. Ou é?” Sobre isso já entraríamos numa discussão pertinente porque aí está em causa o conceito de “boa escrita”, e o papel da forma e do conteúdo para alcançar esse resultado. Mas eu julgo que o compreendo, ao exigir honestidade e utilidade à “boa escrita” (o domínio do conteúdo). E concordo, ressalvando apenas as exigências ou vicissitudes da excepção: A da escrita enquanto ARTE (no meu entender alicerçada eminentemente na forma).

3 – A boca do bicurso pretendia apenas dizer que, uma vez que os gajos levam por diante os projectos e que com a ampliação da insegurança do emprego à Função Pública, o melhor que tenho a fazer é tirar dois cursos que me dêem hipótese de emprego nesses novos projectos. “Se não podes contra eles…” hehehehe

4 - “O Francisco é um medíocre em quê?” hummm…bem, eu não me estou a refereir a conhecimento prático ou enciclopédico, portanto não me refiro a saber ou não usar um P19 (que não conheço), ou a não ir mais longe do que uma mísera prestação num dos concursos televisivos da moda. A mediocridade revela-se na fraca capacidade discernimento do mundo complexo que me rodeia, no deixar-me enganar pelos discursos manhosos dos políticos, na reflexão tardia sobre acontecimentos flagrantes que uma inteligência perspicaz ou treinada detecta no imediato. Falo de uma mediocridade resultante de um crescimento e uma vida cheia de facilidades, de um ensino falho e caduco que não soube criar estímulos e constituir-se como eficaz, de uma educação pouco cuidada e orientada, enfim a mediocridade de que falo é aquela que respiramos em Portugal. E eu nunca conheci outra realidade que não fosse esta mediocridade que tudo envolve e que em tudo se entranha. Conheço, é as excepções - que provam a regra (situação generalizada). São uns poucos, que tiveram outras condições, outra educação mais exigente, outras oportunidades e que não se deixaram contagiar pela “indolência natural resultante do psicossomatismo do indígena da orla mediterrânica” (é o meu eufemismo para “preguiça”) hehehehe…

5 – «As coisas saem. E escrevo-as para si, coloquialmente, sem pruridos ou ademanes. Como se estivessemos a conversar à mesa do café. E creio eu que seria assim que deveria ser. Menos montra e mais autenticidade. Pelo menos autenticidade.» Exacto, tem toda a razão nisto. Concordo em absoluto.

Abraço.

Ana (@nita) disse...

E assim lá vai este pedacinho de terra levando a vida... Ora, com cabecinhas tão pensadoras, cheiinhas de ideias brilhantes de que nos podemos nós queixar?!!!
Embora ficção, todos sabemos que a realidade anda lá próxima (ou quem sabe bem mais poder e bolorenta!!!).
Não andará, este povinho adormecido, embriagado, estupidificado??? Anda pois... é mais fácil tapar o sol com a peneira... afinal votaram neles para que tivessem o trabalho, pare quê preocupações?!!!
Estamos na era do empurra com a barriga...

David R. Oliveira disse...

Ana
não empurram, não! Empurraram.
David Oliveira