eminências

Esta figura da democracia portuguesa, eminência do regime socialista instalado em Portugal teve ontem o descaramento de afirmar: "O Povo tem de sofrer as crises como o Governo as sofre!"
Desgraçado e imbecil povo que se deixa governar por gente deste calibre. Já não me atrevo a retorquir aos que dizem - e dizem-no há muito tempo: - o Salazar tratava-os como criminosos, razão teria.  E eu nem gosto de ditadores.
O Povo tem de sofrer as crises como o Governo as sofre? Mas alguém os obrigou a ser governo e a expor-se a essa "penosa" crise? E de que crise falamos, de que crise "sofre" o Governo?

Não vivi o regime corporativo do  Estado Novo com idade suficiente para perceber do que se tratava. Eu tinha 12 anos no dia 25 de Abril de 1974, mas daí para cá vivi, como todos os portugueses, as vicissitudes de um país que caminha, e caminha ainda, na aprendizagem da vida em democracia. Tem sido uma caminhada difícil, cheia de percalços e peripécias rocambolescas, tristes, decepcionantes, próprias da vida em democracia - o regime mais difícil. 

Porém, entre voltas e reviravoltas, entre acidentes, escândalos e revelações inusitadas  que ocorreram ao longo destes 36 anos, eu nunca vi nada assim como o que decorre hoje. Um Estado com profundas falhas estruturais que se transformou num enorme lodaçal de corrupção onde campeia a impudência dos políticos, mormente os do PS (mas não só), que tratam o país como coutada sua, devassando os bens públicos numa desenfreada correria despesista de novo-rico. Foram eles, principalmente, que nos colocaram na situação actual. O Portugal de hoje é uma realização do Partido Socialista. Convém fixar.

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