Prólogo: A queda da União Soviética fez irromper o cinismo generalizado nas hostes da esquerda órfã, quer no seu vasto eleitorado quer nas fileiras dos políticos, levando muitos a enveredar por práticas abusivas e desonestas, desnorteados pela perda dos seus ideais. De tal derrocada aproveitaram-se os abutres da política, os desonestos e os criminosos, assaltando partidos em posição de governar, e governando estados ao vencer eleições.
Herança: Sobre essa luta de décadas, entre esquerda e direita, brota a ideia de que o devir histórico da humanidade, encarado como um combate entre dogmas, alcançou o seu término fazendo desaguar todas as ideologias na democracia liberal que se formou no pós guerra fria.
Necessitando eleger um inimigo, identificar um alvo aglutinador das suas hostes, a ideologia de esquerda voltou-se progressivamente contra o liberalismo, elegendo essa luta como o seu novo estandarte, postulando que mesmo que a produção seja mais eficiente nas mãos dos privados, ela mantém-se ineficaz em matérias sociais e ambientais.
Identidade (ouvindo vozes da esquerda): «Ser de esquerda hoje, é, para mim, ter consciência do interesse colectivo mas sem negligenciar ou humilhar o indivíduo, cada um dos indivíduos. É lutar pela redução das desigualdades que explodem entre sociedades e dentro das sociedades, entre os muito pobres e os muito ricos, o que implica uma oposição clara à lógica da economia de mercado e ao liberalismo selvagem.»
Epílogo: Para as gentes da esquerda de hoje, aspectos como o social na ajuda aos mais desprotegidos, a capacidade de diálogo com todos os agentes sociais e económicos, a abertura e a tolerância racial e religiosa, o saber escutar os cidadãos e os indivíduos e procurar ajudá-los nos seus problemas, são os novos cavalos de batalha. Quer dizer, hoje são apenas póneis de brincar, em plástico, fabricados pelos chineses. Eis a esquerda dos que são governados, reflectindo valores e qualidades de um tempo honesto e de uma era em que as ideologias marcavam os rumos. Portanto, uma visão desajustada da actualidade. Mas essa é a visão dos governados, pois dos que governam sabemos que não possuem braços, nem esquerdos, nem direitos. Governam com a boca, sugando tudo com sofreguidão. Mesmo bradando slogans e empunhando símbolos da esquerda.
A esquerda não se reforma, porque não admite reformas. A esquerda regenera-se nos cortes abruptos com o status quo, a esquerda redime-se na revolução. Ou há revolução ou não há esquerda.
f.
4 comentários:
concluindo:a esquerda está tão má que já se parece com a direita!
Quer pela sua própria natureza, quer por já não corresponder às expectativas, a esquerda está muito pior do que a direita.
eu,canhoto irrecuperável......estou bem tramado.
Quando as conclusões,concluidas,pelos conclusivos assim ditam,só me resta mesmo o suícidio ...................................PUM .
hehehehe...que conclusões? a de que a esquerda precisa de uma revolução para sobreviver? mas isso é claro. hehehehe... guarde o PUM para a revolução, homem.
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