Durante a vista do Papa a Barcelona, a paneleiragem saiu à rua em mais uma daquelas hilariantes e ridículas paradas gay. Perante as imagens registadas pelas câmaras de TV, de gajos e gajas de meia-idade beijando-se em público, quase todos com barba por desfazer, fiquei por momentos suspenso entre o vómito e o fascínio pela demonstração grotesca e degradante (o fascínio advém da curiosidade pelas culturas underground – punk, gay, e os menos maus de todos, os vermes).
É espantoso como os paneleiros e as lésbicas conseguem transformar um dos mais belos contactos entre dois seres, num momento verdadeiramente asqueroso. Mais repugnante, até, do que a Igreja e Sua Sotainidade instalada no carrinho de golfe blindado. Do alto da minha tolerância católica, herdada da cultura judaico-cristã que me aguça o discernimento, acho que ficavam muito bem a arder numa fogueira. Uns e outros (sim, o da sotaina também). Convicto de que o mundo sem eles ficava mais limpo e saudável.
:p
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Só para acrescentar que os que chateiam não são os homossexuais - aos quais atribuo a mesma faculdade de errar que atribuo aos heterossexuais. Os que me chateiam são os paneleiros, uma claque sobre a qual me dispenso de repetir o que escrevi antes.
Claro que uso a generalização (que não é recurso racional) para provocar. É legítimo fazê-lo, mesmo numa provocação primordial - a ARTE funciona assim, ou deveria funcionar; sobretudo a arte, dita, contemporânea. Ora esta minha provocação nem sequer é primordial, mas antes resposta a outra provocação. E é assim que entendo uma sociedade que caminha, que está em marcha e não está paralisada, cristalizada num paradigma.
Das provocações, dos conflitos, das explosões sociais reforma-se a sociedade e renasce a civilização. Os que caíram no passado, caíram porque estagnaram.
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Só para acrescentar que os que chateiam não são os homossexuais - aos quais atribuo a mesma faculdade de errar que atribuo aos heterossexuais. Os que me chateiam são os paneleiros, uma claque sobre a qual me dispenso de repetir o que escrevi antes.
Claro que uso a generalização (que não é recurso racional) para provocar. É legítimo fazê-lo, mesmo numa provocação primordial - a ARTE funciona assim, ou deveria funcionar; sobretudo a arte, dita, contemporânea. Ora esta minha provocação nem sequer é primordial, mas antes resposta a outra provocação. E é assim que entendo uma sociedade que caminha, que está em marcha e não está paralisada, cristalizada num paradigma.
Das provocações, dos conflitos, das explosões sociais reforma-se a sociedade e renasce a civilização. Os que caíram no passado, caíram porque estagnaram.
14 comentários:
Grande intervenção ... eu não teria escrito melhor ...
os erros que melhor identificamos nos outros ... são os nossos.
jb: exacto, os vossos.
Fico na dúvida acerca do título: Não será "Ireis para o Inferno", sendo o "Ides para o Inferno" correcto apenas na forma interrogativa?
Que medo...
se fosse: olhai que ides..etc
mas parece-me soar bem assim: ide para o inferno..etc
o que acha?
ou: olhai que ides para o inferno...
ou: ide para o inferno...
o que acha?
O que acho? Pois, estou na dúvida, porque escrevi de ouvido; mas como o ouvido já não é o que era - ou seja, não sou incólume ao contágio de tanta burrice que me/nos cerca.
Repare na diferença, uma coisa é a afirmação imediata: Ide para o Inferno! [Presente do Indicativo], outra coisa é pretender dizer que no fim de tudo, quando morrerem, futuramente, eles irão para o inferno, fico na dúvida se a conjugação não deverá ser “Vós ireis para o Inferno” [Futuro do Indicativo], em vez de “Vós ides para o Inferno” [Presente do Indicativo].
A dificuldade colocada pela complexidade da nossa língua é a sua riqueza, para nosso desafio.
Saúde
agora até me parece que o "ides para o inferno" está perfeito.
pois. e é mesmo a solução perfeita. mas os gajos não querem ir! querem ficar ali agarrados naquela javardice.
«deodato santos disse...
ou: olhai que ides para o inferno...
ou: ide para o inferno...
o que acha?»
Acho que a primeira está subentendida na que formulei. A segunda não corresponde ao que digo porque não os estou a mandar para o inferno mas a adverti-los que para lá irão por sua própria responsabilidade, portanto não serve. Fica como está. Obrigado.
Abraço.
e assim, não se aproxima mais do que você queria:
cuidai!... ides pró inferno...
ou
cuidai-vos!...
por o verbo no futuro é pena, deve vir daí a sua dúvida.
Pois, essa alocução reflecte exactamente o que pretendo mas é demasiado erudita para os dias que correm.
Parabéns pelo "retrato do Infante"
Abraço.
tá visto!para arranjar quem dê à casca é só dizer calcer cousita sobre a paneleirage e/a fufaria.
Abraço amigo
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