Aterrou sobre a mesa que se
encontrava na varanda do 7º andar. A mulher, que naquele momento lavava as janelas, olhou
admirada para o pombo-correio que acabara de pousar a um metro de
distância. Reparou na anilha que a criatura alada tinha numa das patas e
percebeu que devia estar cansado. Entrou na cozinha e despejou alguma água num pequeno
recipiente de barro - daqueles que trazem um gelado de sobremesa - e
colocou-o ao lado da ave, que não esboçou qualquer receio ou intenção de se esquivar. O pombo bebeu a água toda e mais um
pouco de uma segunda dose. Não tocou nas migalhas de pão que a mulher
espalhou sobre a mesa. Após uns 10 minutos de descanso retomou a sua jornada
elevando-se num largo círculo pelos ares de Faro e, depois, sabe-se lá para onde
e quão longe.
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