O POLITICAMENTE
CORRECTO E A DESTRUIÇÃO SOCIAL
Temos assistido ao longo das últimas
décadas ao crescimento desmesurado do poder dos conceitos assentes no politicamente
correcto, numa mirabolante “defesa do pluralismo”; conceitos que têm prejudicando
mais do que beneficiado a sociedade hodierna, particularmente pelas formas como
esses conceitos vêm sendo aplicados: num total desrespeito pela herança cultural,
pelos costumes e pelas instituições basilares, como é o caso paradigmático da Família
e do seu importante papel na estrutura social.
Sabemos como é inútil tentar
contrariar a inexorável marcha do tempo, a evolução mental e o progresso social
da Humanidade, que não pode ficar agarrada a um momento da história, a uma
realidade social estática, a uma estagnação da sua caminhada; mas também não é aceitável
construir a mudança, o progresso, de forma artificial desrespeitando a dinâmica
natural do pulsar dos indivíduos e das sociedades. É que as conquistas humanas
devem mais ao reformismo e à evolução paulatina e serena do que às revoluções, tantas
vezes geradoras de retrocessos em vez de avanços.
Com o pretexto de combater e erradicar
o preconceito tem-se vindo, afinal de contas, a fabricar e a alimentar novos preconceitos.
Em vez de se suscitar a reflexão e a discussão sobre os problemas, impõe-se draconianamente
a aceitação incondicional de tudo aquilo que é diferente, condenando os valores,
até então, válidos e íntegros, forjados, testados e adoptados na longa marcha edificadora
das sociedades.
Mesmo os indivíduos de sólida formação
intelectual e moral acabam por colaborar nesta dinâmica tresloucada e
destruidora, sendo forçados a aceitar comportamentos torpes, intelectualmente
desonestos, amorais e anti-éticos, sob o pretexto de configurarem direitos
humanos de minorias que, sendo diferentes, têm de ser respeitados. A isto
chamam Pluralismo, uma realidade assente na destruição dos valores tradicionais
e na emergência do singular e minoritário como mais importante do que o plural
e maioritário.
É nesta realidade ensandecida que
vivemos actualmente, com governantes impondo por decreto o modo como nos
devemos comportar, e quanto devemos pagar para suportar e alimentar esse inusitado
pluralismo que despreza a maioria dos cidadãos contribuintes (os empreendedores
activos e, afinal de contas, os motores da sociedade); e tudo isso em prol de cidadãos
invulgares, inactivos, não contribuintes e não empreendedores, tudo isso em
nome de uma suposta solidariedade humana. O Estado, dito Social, estica uma
corda que tem pouca elasticidade, e os artistas deste circo parecem não saber
disso ou não querer saber. Por isso me pergunto se isto é uma actuação racional?
E interrogo-me, igualmente, sobre quem ganha com estas diatribes, já que nem os
que sustentam esta situação, nem os que dela parcialmente usufruem, verão no
futuro a sua vida melhorar ou os seus problemas resolvidos?!
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