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O cravo apodreceu...


....percebeu?

4 comentários:

Joana Soares disse...

O cravo apodreceu
Nada sobreviveu
Na memória os gestos
Falhados, modestos
Sem honra de glória
Sem tempo de vitória
Nada aconteceu
Nada ficou
Nada ficou em nada
E do nada apenas nada
Nas lapelas os cravos
Das estufas camufladas
Por pragas controladas
Dos misticos comandantes
Que se pavoneiam pela praça
À espera dos aplausos
Dos tolos ignorantes
Que neles depositam a esperança
Podre e ensanguentada
De uma fugaz mudança
Pelos 36 anos perdidos
Transformados em nada
E do nada querem renascer
Para do nada continuarem a viver
E com o nada morrer.

francisco disse...

tem jeito, tem.

A OUTRA disse...

Quem não percebe?...
Esteve muito tempo dentro de água...!
Mas estes foi o de há muitos ... muitos anos!
Hoje haviam tantos por S. Bento!
Boa semana
Maria

Josefina Maller disse...

Não tenho saudades do antes, mas o depois deixou-nos sem chão para pisar. Parece-me que flutuamos sobre um abismo. Os cravos murcharam, e murcharam as esperanças de uma libertação. Resta-nos a libertinagem.