Morreu o escritor João Aguiar, um dos nomes maiores do romance histórico. O escritor de “A Voz dos Deuses” nunca conheceu a projecção mediática que outros - com menos qualidade formal e imaginação -, conseguiram, ao verem as suas obras alcandoradas a best-sellers, mercê da fama inerente às figuras públicas. Injustamente não colheu nem gozou os benefícios do mérito que lhe cabe, enquanto esses outros verbos de encher facturam ao quilo os volumes de papel estampado vendidos no hiper-mercado. Mas a sua obra perdurará, enquanto o papel estampado será esquecido, jogado no lixo ou queimado como ignição de lareiras.
1 comentário:
Os que ficam para a eternidade, são os que passam despercebidos na morte. Os que são celebrados e recebem parangonas de funerais em directo, são esquecidos dentro de alguns anos.
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