Reflectir não dói

O Pensador - A. Rodin


“A sociedade é escrava sempre que desiste de pensar… um individuo que escreva cartas familiares está sintonizado com o pensar, enquanto um palrador de telemóveis nunca gastará um minuto a reflectir” (Prof. Doutor Artur Anselmo).
Tal como um teclador de janelas de chat nunca gastará um minuto a reflectir. Tal como um comentador de blogues e redes sociais nunca gastará mais de 10 minutos a reflectir.
O declínio da escrita compromete a capacidade de pensar mas, hoje, escrever em blogues (ou no Facebook), submetendo ideias e notícias à discussão colectiva, tal como ler e criticar o que os outros aí escrevem, constitui para muitos um reduto da escrita; uma resistência, muitas vezes inconsciente, a essa decadência do pensar associada à preponderância da comunicação vertiginosa e ao inevitável definhar da escrita substituída pela comunicação oral.
Eis o que o futuro nos reserva. Porém, se para manter a forma física vamos ao ginásio, onde é necessário adoptar a repetição e estabelecer tempos de duração para os vários exercícios, porque é que não adoptamos esse princípio ao uso do cérebro?!

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